Andrew manteve a respiração controlada enquanto observava o galpão do alto de um prédio próximo. Ele precisava agir rápido, mas com cuidado.
Lá dentro, Paulo estava amarrado a uma cadeira, com um corte na sobrancelha e um hematoma no rosto. Seis homens armados circulavam pelo local, conversando entre si. Um deles, de terno escuro e cicatriz no queixo, parecia ser o líder.
— Você mexeu com gente errada, garoto. — O homem de terno falou, segurando o rosto de Paulo com força. — Queremos respostas. Com quem você estava investigando?
Paulo cuspiu no chão, respirando pesado.
— Eu não sei do que você tá falando...
— Ah, você vai saber. E, se não souber, vai sofrer o suficiente pra inventar alguma coisa.
Os homens riram, mas Andrew não.
Ele sentiu o sangue ferver, não ficaria parado enquanto seu melhor amigo estava em perigo.
Ele desceu silenciosamente pelo lado do prédio, movendo-se como um predador. O portão lateral estava trancado, mas isso não era um problema. Com um leve aperto, o metal se dobrou em sua mão como se fosse papel.
Agora ele estava dentro.
O Impacto
O primeiro guarda não teve chance. Antes que percebesse a sombra se movendo, Andrew já o havia acertado com um golpe certeiro na nuca, apagando-o no mesmo instante.
O segundo virou-se ao ouvir um barulho, mas tudo o que viu foi um vulto veloz antes de ser jogado contra a parede com um impacto surdo.
Andrew avançava como um fantasma, derrubando um a um, até restarem apenas dois: o homem de terno e um capanga que apontava uma arma para a cabeça de Paulo.
— Quem diabos é você?! — O líder rosnou, puxando uma pistola.
Andrew não respondeu.
O capanga tremia, mantendo a arma contra a cabeça de Paulo.
— Fica parado, ou eu atiro!
Andrew sabia que não poderia arriscar. Com uma velocidade surpreendente, pegou uma chave de fenda no chão e arremessou-a com precisão. O objeto acertou a mão do sequestrador, fazendo-o soltar a arma com um grito de dor.
Paulo não pensou duas vezes. Ele girou a cadeira e chutou o homem para longe.
O líder tentou reagir, mas Andrew estava sobre ele em um piscar de olhos.
— Vocês mexeram com a pessoa errada. — A voz de Andrew era fria.
Um único soco e o homem de terno caiu desacordado.
Paulo respirava com dificuldade, ainda amarrado à cadeira.
— Cara… que diabos foi isso?!
Andrew hesitou.
Ele sabia que aquele momento mudaria tudo.
Ele estendeu a mão e libertou Paulo.
— Eu explico depois. Agora vamos sair daqui.
Paulo assentiu, ainda confuso, mas sem tempo para questionar.
Eles precisavam desaparecer antes que mais reforços chegassem.
E, mesmo sem perceber, Andrew tinha acabado de dar seu primeiro passo para um destino que ele nunca imaginou.

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